Retratos, conta a história de 06 travestis que desempenham diferentes atividades profissionais não relacionadas à prostituição e que defendem seus direitos de cidadãs. O vídeo mostra como a vida de cada um deles pode ser tão comum quanto à de qualquer outra pessoa. Eu para falar a verdade não conhecia este documentário e fiquei surpreso ao ver que três delas são conhecidas de longa datas... Horama Falcão mora bem perto da minha casa no Bairro do Pina, onde tem um montadíssimo salão de beleza anexo a uma academia de ginástica, a Manuela que junto com mais dois sócios administram uma determinada sauna masculina na Boa Vista e a Elaine que é técnica em enfermagem. O objetivo do curta ao meu ver conseguiu desmitificar o preconceito que muitas vezes impossibilita a cidadania das travestis.
O outro vídeo da mostra foi Amanda e Monik. Dois travestis que vivem realidades diferentes. Amanda é professora de história. Com olhar confiante, conquistou o respeito dos alunos. A base dessa auto-afirmação está no pai, que sempre deu apoio irrestrito. Monick aparenta ter uma realidade familiar diferente. Assumida desde os 17 anos, trabalha como prostituta em Santa Cruz do Capibaribe (Pernambuco). É na sala de aula que a trajetória de professor e aluno se cruzam. Por detalhes de criação e convivência social, histórias parecidas podem tomar rumos diferentes. Infelizmente muitos se mutilam e tentam se matar por não suportarem a incompreensão dos outros e o sofrimento por não poderem ser quem na verdade são.
Confira o trailer do documentário Retratos.
Obviamente, há preocupações e muitos problemas ainda, mas há de se comemorar. Segundo o Grupo Gay da Bahia, estima-se que devam existir no Brasil por volta de 50 mil travestis e duas mil transexuais, 90% vivendo como profissionais do sexo.
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