Muitos afirmam que o
Brasil é um país livre e que, como tal, qualquer pessoa tem o direito de
escolher se deseja ou não mudar sua opção. A aprovação, na última terça-feira,
de uma proposta que permite a psicólogos tratar a homossexualidade como doença
abriu o caminho para que gays, lésbicas e transexuais peçam aposentadoria
compulsória por invalidez, na avaliação de ativistas homossexuais. "Se
somos doentes, somos inválidos. Logo, temos que nos aposentar", ironiza
Toni Reis, 49, diretor-executivo do grupo Dignidade, de apoio a homossexuais. Toni
Reis admite que o pedido de aposentadoria é uma forma "risível" de
protestar contra a aprovação do projeto e afirma que é uma resposta paga na
mesma moeda. "Já que eles querem brincar com a nossa cidadania, nós vamos
usar isso [pedido de aposentadoria] de forma muito tranquila", disse.
Ele
propõe ainda que o benefício a ser pago como aposentadoria seja o equivalente a
24 salários mínimos. O ativista foi o primeiro a encaminhar, na quarta-feira,
pedido de "aposentadoria compulsória retroativa por homossexualismo"
aos ministros Garibaldi Alves (Previdência Social) e Alexandre Padilha (Saúde).
No documento que encaminhou, o ativista reconhece o risco de
"quebrar" a Previdência Social caso todos os brasileiros homossexuais
tomem a mesma atitude, e por isso sugere que o deficit seja debitado dos
salários dos deputados que aprovaram a proposta, do fundo social do pré-sal ou
dos lucros obtidos com a construção de estádios para a Copa das Confederações. Fonte:
Folha
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