Nunca embarquei em cruzeiro marítimo exclusivo para homossexuais. Na verdade, nunca embarquei em cruzeiro marítimo nenhum, só dei uma volta no catamarãn e na barca Rio-Niterói, e olhe lá!!! Também nunca me hospedei em hotel “gay friendly”. No máximo, frequento bares onde me sinto mais à vontade para, se for o caso, expor a minha sexualidade sem me preocupar com olhares de reprovação. Me sentiria pior se fosse a um lugar onde o gerente, com um $orri$$o condescendente no canto da boca me receberia mais ou menos assim: “Oi, aqui o senhor é muito bem-vindo!!! Não temos nada contra gays e lésbicas. Fique à vontade!!!” Opa!!! Sou uma pessoa normal e não tenho nenhuma doença contagiosa!!! Não preciso de “proteção”!!! E que papo é esse de “nada contra???” Não sinto necessidade nenhuma de “abrir o jogo” sobre a minha sexualidade para quem quer que seja!!!
Se euzinha fosse viajar por uma agência, por exemplo, jamais procuraria um estabelecimento “especializado” no público LGBTuvxz... Acho o cúmulo da segregação!!! Pra ser sincero, não acredito no “mundo ideal”, onde todos os lugares sejam para todas as pessoas, sem distinção de classe, raça ou orientação sexual. Por isso, costumo circular por aí entre heterossexuais e homossexuais, negros e brancos, pobres e ricos, mocinhos e bandidos. Prefiro me socializar com todo tipo de gente do que me enfiar numa “bolha” à prova de agressões. É vivendo no campo minado do "inimigo" que a gente aprende a olhar onde pisa. “Gay friendly”, para mim, é quem me respeita. Não aqueles que, de olho no meu dinheiro, me atraem com promessas de tolerância apenas para me manter excluído.
Resumindo: “só acredito em lugares gay friendly que não fazem distinção de público, e não só goste do meu dinheiro, mas acima de tudo tem que gostar das pessoas”.
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