Mayra Corrêa
Aygadoux, mais conhecida como Maria Gadú, é a próxima que ganhará um TRIBUTO no aconchegante e
climatizado Mix Pub, neste próximo SÁBADO 22/09 e quem fará uma homenagem a ela é a multi
instrumentista e musicista Nira Santos. Diferente de Nira Santos, Maria Gadú
mal lê partitura e só fez alguns meses
de aulas de violão na vida. Achou as lições muito padronizadas. Também não
aprendeu outras línguas, embora interprete "Ne me quitte pas" com os
versos originais de Jacques Brel, num francês decorado foneticamente.
Gadú não conseguiu se
adequar a nenhum método formal de música. Autodidata também para instrumentos
aprendeu sozinha tocar piano e violão. A timidez, ela quebra com um jeito
atencioso que cativa gente como Milton Nascimento e Caetano Veloso. Aos 12
anos, na paradisíaca Ilha Grande compôs “Shimbalaiê”, MPB de levada afro, uma
das músicas mais populares de seus shows, que carrega o verso:
“...quando mentir,
for preciso,
poder falar a verdade...”
poder falar a verdade...”
Após a adolescência e
a longa passagem pela formação da escola que é tocar em barzinhos, resolveu ir
para a Europa com um amigo percussionista para se apresentar em festivais de
música independente. Após passagem, de agosto a outubro, pela Itália e Irlanda
tocando em festivais, casas e shows e até na rua, Maria Gadú retornou ao Brasil
para festas de fim de ano, com o objetivo de rever a família e rapidamente se
organizar para voltar a Europa. Resolveu passar a virada do ano no Rio de Janeiro,
para rever alguns amigos, e de lá não saiu mais, fazendo shows e desenvolvendo
a carreira na cidade maravilhosa.
Em cena, Maria Gadú faz o gênero retraído. De
chapéu enterrado na cabeça, jeans surrado, camisa branca e uma postura um pouco
curvada, ela canta um repertório quase todo seu com um timbre levemente rouco e
uma emissão potente. A seleção percorre samba, pop, rock, blues, com toques de
regionalismo. Segundo o que eu andei apurando a conhecida dedicação de Nira Santos
promete ficar na história dos especiais e tributos do Pub mais charmoso da Boa
Vista. Fiquei tão empolgado que quase ia esquecendo-se de dizer que antes de
Nira Santos quem abre os trabalhos é Andréia Luiza e banda, uma dobradinha que
vale a pena pagar pra ver!!!
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