este espaço para destacar o dia de Nossa Senhora da Conceição, apesar de não ser a padroeira do Recife, a Santa de grande devoção na cidade, tem um morro com seu nome, que por sinal já virou bairro, e é festejada todo dia 08/12 por milhares de fiéis. O nome Morro da Conceição surgiu depois que, em 1904, o então bispo de Olinda e Recife, Dom Luis Raimundo da Silva Brito, mandou construir ali um monumento em honra à Virgem da Conceição. A imagem de Nossa Senhora da Conceição foi trazida da França e, além da construção do monumento, foi aberta uma estrada de acesso ao morro, para facilitar o deslocamento dos fiéis. Até 1959 o pátio do Morro da Conceição era palco de uma grande festa profana, com brinquedos infantis e adultos, barracas com comidas típicas etc. Grande multidão corria pra lá durante os dias que antecediam a festa da Conceição. Com um acidente ocorrido em 1959, quando houve correrias no local repleto de pessoas, resultando em várias mortes e inúmeras pessoas acidentadas, o então pároco da paróquia do Bom Jesus do Arraial, Monsenhor Teobaldo de Souza Rocha, empenhou-se junto às autoridades para retirar do morro a festa profana. Mudaram-se, então, os festejos profanos para o pé do morro, na Avenida Norte e no Largo Dom Luís. Muitos gays que eu conheço e alguns que eu nunca
ouvi falar estavam por lá, de certo para também homenagear Iemanjá, a deusa dos grandes rios, mares e oceanos. Na Umbanda, ela é cultuada como mãe de muitos orixás e identificada com Nossa Senhora da Conceição (uma das manifestações católicas da Virgem Maria, mãe de Jesus). No Candomblé, ela é representada como uma negra e usa roupas africanas. Quanto à presença maior de gays e lésbicas no candomblé se explica por ser uma religião que não interfere na vida sexual de seus adeptos (não há noção explícita de virtude e pecado, muito menos a condenação dos pecados contra a castidade); há Orixás que têm vida sexual bastante irregular de acordo com os padrões oficiais de nossa cultura sexual (Iemanjá casou-se com o irmão e foi violentada por seu próprio filho de quem teve outro filho); há Orixás que são transexuais, isto é, mudam de sexo, como Logun-Edé e Oxumaré, que uma metade do ano é homen, a outra metade, mulher. A RELIGIÃO QUE “ENTENDE”
Com certeza não lhe faltou à oportunidade de ouvir expressões do tipo: “a mona aquendou o ocó”, ou então: “o ilê da mona é uó”. No universo gay esse tipo de frases cifradas é c
ada vez mais freqüente e a sua origem é muito curiosa, são oriundas do candomblé. A grande freqüência de todos os tipos de homossexuais (brancos ou afro descendentes) nos terreiros afro brasileiro, tem uma ligação muito significativa no uso desses termos que na verdade é a língua nagô ou iorubá. A explicação para o uso destes termos pelos homossexuais é a grande freqüência de gays e lésbicas nos terreiros afro brasileiros. Como outros dialetos grupais, é uma linguagem cifrada que evita que pessoas de fora entendam conversas mais íntimas dos próprios homossexuais. Gay tem muito a ver com vaidade, culto do corpo, curtição de roupas, modas, "fechação". Não é à toa que o movimento gay tem como símbolo o arco-íris (todas as cores). Há estudos que sugere que muitos gays buscam o candomblé como forma de exteriorizar sua feminilidade reprimida, recebendo orixás mulheres
quando possuídos, dando vazão à sua "alma de mulher" quando participam da confecção das roupas e adereços rituais.
CATOLICISMO, CANDOMBLÉ E UMBANDA. QUAL A LIGAÇÃO ENTRE ESSAS RELIGIÕES?
e ainda é o catolicismo. Por causa dessa proibição, os escravos começaram a associar suas divindades com os santos católicos para exercerem sua fé disfarçadamente. Como os santos católicos são bem numerosos, existem divindades que são identificadas com mais de um santo. Por exemplo: Oxóssi, o rei da caça, é associado a São Jorge e a São Sebastião. Essa relação com um ou outro santo depende da região do país, variando de acordo com a popularidade do santo no local. Claro que a associação não é exata: ao contrário dos santos católicos, os orixás são entidades com virtudes e defeitos, e seus seguidores acreditam que eles conhecem o destino de cada um dos mortais. Bom, só faltou falar um pouquinho da relação dos orixás com a umbanda, uma religião genuinamente brasileira, surgida na década de 30 no Rio de Janeiro a partir da combinação de elementos do candomblé, do catolici
smo e do espiritismo. Assim como o candomblé, a umbanda também cultua os orixás. Mas os umbandistas representam essas divindades com imagens diferentes, além de cultuarem outros três espíritos, o preto-velho, o caboclo e a pomba-gira. Nenhum deles aparece no candomblé. Veja abaixo como as cinco principais entidades do candomblé e da umbanda se relacionam com as católicas:
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